Artigo de Isabel Meirelles publicado no Jornal de Negócios.
|
|
No que se refere à Política Comum de Pescas da UE, e ao recente Tratado de Lisboa, esta associação (Associação de Comerciantes do Pescado dos Açores) manifestou o seu total desacordo quanto à transferência para Bruxelas da gestão exclusiva dos recursos biológicos do mar não compreendendo que uma Política Comum de Pescas reconhecidamente desastrosa inclusivamente pelo Tribunal de Contas Europeu e que levou ao esgotamento de diversos recursos pesqueiros, possa ser ela agora, passar a gerir recursos, para os quais demonstrou total incapacidade.
Carlos Rego, Correio dos Acores, 31 Jan 2008
********************
"O Tratado de Lisboa e a concorrência. Em Portugal temos discutido mais a forma de aprovação do Tratado de Lisboa do que o seu conteúdo." Paulo Marcelo, in Diário Económico - http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1083832.html
********************
"(...) A aplicação do intricado equílibrio institucional criado pelo Tratado de Lisboa dificilmente pode ser imaginado de forma parcelar e sequencial, pelo que se entende a pressão exercida, embora seja preciso ter em atenção que se trata de uma matéria de grande sensibilidade.(...)" Paulo Casaca, in Correio dos Açores, 24 Jan 2008.
********************
"(...) para quê admirarmo-nos com o rápido (demasiado rápido) «meter na gaveta», pelo governo português, do referendo sobre o Tratado de Lisboa - apesar mesmo das promessas e quando, em outros países, se discute ainda se ele deve fazer-se ou não?" Álvaro Monjardino, in Açoriano Oriental, 23 Jan 2008.
********************
"O acto de referendar ou não o tratado de Lisboa foi mais uma atitude que envolveu o povo português numa decisão nacional de José Sócrates, como consequência de enormes pressões de alguns estados-membros comunitários que controlam a política europeia". José Manuel Rosa Nunes, Correio dos Açores, 20 Jan 08.
********************
"Referendo na Madeira. Contrariando a decisão anunciada por José Sócrates, o PSD madeirense, liderado por Alberto João Jardim, aprovou, na Assembleia Legislativa da Madeira, a proposta do PCP local que prevê a realização de um referendo ao Tratado de Lisboa." in Visão, 17 Jan 08.
********************
"A recusa do referendo é um erro estratégico de todos os líderes europeus" José Loureiro dos Santos, in Público, 17 Jan 08.
********************
"as razões apresentadas ao país por José Sócrates para justificar a não realização do referendo são de uma fragilidade intelectual que só convence os mais distraído dos portugueses. E assim vamos indo, com um primeiro-ministro “troca-tintas”... foi assim com os números do desemprego, com os impostos e agora com o referendo." Paulo Simões, Açoriano Oriental, 14 Jan
********************
No entanto, quando questionado sobre a opção do Governo em ratificar o Tratado de Lisboa no Parlamento, Jorge Sampaio insiste que a «a melhor decisão teria sido a de realizar uma vasta consulta a nível da União Europeia sobre o futuro Tratado».
Defensor de sempre do referendo, Jorge Sampaio considera mesmo que a «conjuntura não poderia ser mais favorável a um desfecho positivo» de uma hipotética consulta pública e que um vasto referendo na União Europeia contribuíria para «reconciliar os cidadãos com o projecto europeu». in Diário Digital, 13 Jan 2008
********************
No fundo, a posição de José Sócrates não surpreende e recorda-nos o Barão de Itararé, famoso humorista brasileiro que foi vereador no Rio de Janeiro nos anos Quarenta e costumava dizer: "De onde menos se espera, daí é que não sai nada".
in Diário do Alentejo, 11 Jan 2008
********************
"A decisão de não referendar o Tratado não surpreendeu. O argumento da promessa eleitoral do PS não era incontornável e há muito começaram a ouvir-se as vozes de uma versão 'pronta a servir' com o fundamento de que um Tratado não é uma Constituição".
Maria José Nogueira Pinto, "Diário de Notícias", 10 Jan 2008
********************
"Para Alegre a opção pelo referendo «valorizaria a posição de Portugal» junto dos seus congéneres europeus. «Se outros têm medo de dar palavra ao povo, nós não devíamos ter», disse aos jornalistas, à entrada do hemiciclo."
in Portugal Diário, 09 Jan 2008
********************
"«O PS tinha-se comprometido a realizar um referendo sobre União Europeia. O argumento do primeiro-ministro - de que o compromisso era sobre o Tratado Constitucional - surpreende pelo seu grau de fraqueza», considerou Ana Drago. Recorde-se que José Sócrates afirmou que a referência no programa eleitoral do Governo referia-se especificamente ao Tratado Constitucional e não ao Tratado Europeu"
in Portugal Diário, 09 Jan 2008.
********************
"Os socialistas aprovaram esta madrugada, na Comissão Política, a decisão, de propor a ratificação do Tratado de Lisboa por via parlamentar.
Um dos votos contra foi apresentado por António José Seguro. O deputado socialista disse mesmo que o referendo era um compromisso político dos socialistas, escreve a agência Lusa, concordando com o líder da JS, outra das sete vozes discordantes na madrugada desta quarta-feira."
in Portugal Diário., 09 Jan 2008
********************
"O projecto de Constituição Europeia foi rejeitado em referendo e não tem sentido participar na prévia revisão constitucional quando estamos contra a ratificação por via parlamentar do Tratado de Lisboa"
Comentário de Jean-Marc Ayrault (líder dos socialistas franceses) aquando do anúncio de boicote dos socialistas franceses à ratificação por via parlamentar do Tratado de Lisboa, in Sol, 09 Jan 2008.
********************
“Uma decisão no sentido da realização de um referendo “poderia desencadear discussões noutros países onde o resultado de um referendo (ao Tratado) não é tão evidente”, sublinhou Janez Jansa [Presidente em Exercício da União Europeia]. “Esta é a minha única razão” para desaconselhar Portugal a realizar um referendo ao Tratado de Lisboa, que substituiu a Constituição Europeia, inviabilizada após a sua rejeição em referendos na França e na Holanda, em 2005, concluiu o primeiro-ministro esloveno.
in Diário Económico, 07 Jan
Sem comentários:
Enviar um comentário